Introdução. A implementação de unidades de AVC e trombólise como tratamento na doença cérebro-vascular (DCV) envolveu uma mudança radical na sua abordagem, influenciada pelo tempo de chegada dos doentes ao estabelecimento de saúde desde o início dos sintomas. Objectivos. O presente estudo procura determinar o tempo de chegada dos doentes com DCV ao Serviço de Emergência do Hospital Nacional Guillermo Almenara Irigoyen (HNGAI) e determinar os factores sócio-económicos e culturais que o atingem. Doentes e métodos. Estudo prospectivo de 186 doentes com diagnóstico de DCV à entrada por emergência do HNGAI. Determinou-se o tempo de chegada desde o início dos sintomas e os factores sócio-económicos e culturais do doente e do acompanhante. Os doentes foram divididos em dois grupos: com chegada precoce (< 3 horas) e tardia (> 3 horas), e determinou-se a existência de diferença estatisticamente significativa nos factores estudados.
Resultados O tempo médio de chegada à emergência foi de 22 h, 57 min y 19 s; 22,58% tiveram uma chegada precoce; os factores socioeconómicos predomniantes foram grau de instrução primária (49,46%), ocupação pensionista (44,1%), viviam acompanhados (94,6%), reconheceram os sintomas (36,6%); os meios de transporte mais utilizados foram o táxi (47,31%) e a ambulância (45,16%). O acompanhante tinha instrução superior (44,09%) ou secundária (43,01%), ocupação empregado (33,3%), reconheceram os sintomas (65,6%). Conclusões. Existe um importante grupo de doentes com DCV com chegada precoce ao Serviço de Emergência (22,58%). O reconhecimento dos sintomas pelo acompanhante e o transporte dos doentes em táxi relacionaram-se com a chegada precoce, factores a considerar para implementar uma unidade de AVC no nosso meio.
Palabras claveAVCDCVEmergênciaFactores culturaisTempo de chegadaCategoriasPatología vascular
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