Introdução. A disponibilidade do interferão beta (IFN-b) nas suas três formas actualmente disponíveis no nosso país e do acetato de glatiramero, marcou um ponto de inflexão na história natural da esclerose múltipla (EM), no entanto, o elevado custo destes medicamentos faz com que se questione se a sua utilização é justificada. Neste trabalho estudámos a efectividade e eficiência do tratamento com IFN beta, e analisou-se a relação custo/utilidade destes tratamentos na EM em Espanha.Doentes e métodos. Para este trabalho estudámos conjuntamente 102 doentes com EMRR, tratados com os três IFN-b de que dispomos no nosso país, e utilizámos como controlo 330 doentes que tinham participação nos ensais clínicos pivot dos dois IFN-b 1a. Nestes doentes, para além de dados de eficácia, estudámos a incapacidade medida como área sob a curva e qualidade de vida (AVAC). Calculámos os custos, estimando a relação custo/utilidade no nosso meio.
Resultados Além de confirmar os dados de eficácia dos três IFN, neste estudo demonstra-se uma poupança de 23 dias/ano, o que corresponde a 0,063 AVAC. O custo acrescentado dos IFN supõe um gasto maior que o custo económico que se evita até ao quinto ano de tratamento, em que se inverte a tendência a favor do grupo de doentes tratados, se se assume que a longo prazo se manterá a mesma eficácia que se aprecia nos primeiros anos. Conclusão. A utilização do tratamento com IFN-b justifica-se pela sua eficácia, efectividade e eficiência. O custo acrescido do tratamento é compensado a longo prazo se se mantiver a eficácia do medicamento.
Palabras claveCusto/utilidadeEfectividadeEficáciaEficiênciaEsclerose múltiplaInterferão betaCategoriasCalidad, Gestión y Organización AsistencialEsclerosis múltiple
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