Introdução. A electromiografia convencional contribui para a diferenciação de alterações miopáticas e neuropáticas em doenças neuromusculares. Contudo, os padrões classicamente miopáticos podem ocasionalmente resultar em componentes neurogénicos; esta confusão pode ser por desnervação e reinervação enquadradas nestas doenças, de acordo com a etapa em que se encontrem. Objectivo. Utilizar técnicas de electromiografia quantitativa, como a análise do padrão de interferência (API) para a diferenciação destas doenças. Doentes e métodos. Foi realizada API a 95 doentes com distrofia muscular: 52 Duchenne (DMD), 33 cinturas (DMC), 10 miotónica (DM) e compararam-se com um grupo de controlo de 25 indivíduos normais, avaliaram-se os músculos bíceps braquial (BB) esquerdo e tibial anterior direito, e estudando as variáveis: rotações/segundo (R/S), amplitude/rotações (A/R), relação número de rotações/amplitude média (NR/AM), força, percentagem e raiz quadrada da média da amplitude (RQMA).
Resultados Na DMD encontraram-se diferenças significativas em todas as variáveis tanto em BB como em tibial anterior (p < 0,05); na DMC encontraram-se diferenças em A/R e força no BB e no tibial anterior só na força; na DM as diferenças verificaram-se em A/R, NR/AM e RQMA do BB e no tibial anterior apenas na A/R. Conclusão. Todos os doentes com DMD mostraram diferenças, na DM só no bíceps; contudo, não houve alterações importantes na DMC, provavelmente pela diversidade e falta de homogeneidade nos músculos afectados deste grupo.
Palabras claveAnálise rotações/amplitudeElectromiografiaEMG quantitativoPadrão de interferênciaCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculoTécnicas exploratorias
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