Introdução e objectivos. A presente revisão centra a sua atenção nos estudos realizados acerca da influência da estimulação eléctrica do nervo vago sobre a actividade convulsiva induzida experimentalmente e a sua aplicação no campo clínico. Até ao momento a literatura publicada evidencia um efeito anti-convulsivante sobre as crises convulsivas desencadeadas por agentes farmacológicos convulsionantes e por estimulação eléctrica como o electrochoque, e no modelo do kindling eléctrico amigdalino um atraso na generalização da actividade convulsiva. Desenvolvimento. As primeiras observações experimentais demonstraram que a estimulação eléctrica do nervo vago pode ter efeitos sobre a actividade electroencefalográfica, nos quais se incluí a sincronização e dessincronização da actividade eléctrica cerebral, e promover um aumento dos movimentos oculares rápidos no sono. Estas observações serviram de base para retomar a estimulação eléctrica do nervo vago em modelos experimentais e provar a sua eficácia em doentes epilépticos resistentes ao tratamento farmacológico. Não obstante, os mecanismos do efeito anti-convulsivante são ainda desconhecidos. Conclusão. Estas observações abrem a perspectiva de estudar o papel dos neurotransmissores e neuromoduladores no processo anti-convulsivante da estimulação eléctrica do nervo vago em modelos experimentais de epilepsia e aportar indícios da sua possível acção no cérebro humano.
Palabras claveEstimulação eléctrica do nervo vagoModelos experimentaisCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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