Introdução. Os testes de fluidez verbal semântica (FVS) são frequentemente utilizados na avaliação neuropsicológica básica. Requerem pouco tempo e aplicam-se facilmente, mas os dados normativos são validados principalmente para a população anglo-saxónica, o que nos pode levar a classificações erróneas da normalidade. Objectivo. Avaliar a categoria ‘coisas que se podem comprar num supermercado’ como tarefa de exame da FVS, aplicado a população espanhola de língua castelhana, com a finalidade de realizar um estudo normativo piloto no nosso meio. Sujeitos e métodos. Sobre uma amostra de 139 indivíduos sãos, de língua materna castelhana, sem deterioração cognitiva, aplicou-se a tarefa ‘coisas que se podem comprar num supermercado’. Os indivíduos foram subclassificados segundo nível de escolarização por anos, grupos etários e sexo. Resultado. Produção média total (1 minuto)= 20,1 ± 8. A análise comparativa por sexo não demonstra diferenças. Por idade: < 50 anos = 33 ± 6; 50-59 = 24,6 ± 6; 60-69 = 16,5 ± 5; 70-79 anos = 13,5 ± 6. Por escolaridade em anos: < 10 anos = 19 ± 6; < 10 anos = 29 ± 5. Conclusões. A produção média de palavras é de 20 num minuto, com uma distribuição percentil onde o critério de défice (p10) situar-se-ia em produção menor a 10 palavras. De uma maneira global, observa-se uma maior produção na primeira metade do minuto. Existem factores sóciodemográficos que demonstraram estatisticamente a sua influência na capacidade semântica deste teste, como a idade e a escolaridade medida em anos. Não se observaram diferenças segundo o sexo. Apresentamos os resultados médios, distribuição percentil global e segundo a idade e escolaridade, ao considerar que podem servir como dados normativos preliminares no nosso meio.
Palabras claveDemênciaDeterioração cognitivaDoença de AlzheimerExame neuropsicológicoMemória semânticaCategoriasDemenciaNeurodegeneraciónNeuropsicologíaNeuropsiquiatría
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