Introdução. Os tumores com origem no nervo facial são extremamente raros e o seu enfoque terapêutico interessa especialista de diversas disciplinas. Objectivo. Analisar os casos tratados num período de cinco anos na nossa instituição. Doentes e métodos. Avaliaram-se retrospectivamente todos os indivíduos operados a tumores do nervo facial entre Janeiro de 1992 e Dezembro de 1996. Em todos registou-se a idade, sexo, lado, tempo até ao diagnóstico, sintomas iniciais e sintomas presentes na altura do diagnóstico, história prévia de alterações do nervo facial e sintomatologia neuropatológica associada. Igualmente, anotaram-se a localização da lesão, técnica cirúrgica, anatomia patológica, complicações pós-operatórias, hospitalização pós-cirúrgica, sequelas faciais e procedimentos cirúrgicos reparadores sobre os nervos faciais operados.
Resultados Trataram-se seis casos, com uma média de idade de 29 anos (amplitude: 14-46 anos). Três doentes eram homens (50%). O sintoma inicial da doença foi paralisia facial (4), hipoacusia neurosensorial (1) e acufenos (1). Os seis indivíduos (100%) apresentaram alterações da função facial no curso da doença. O diagnóstico anatomopatológico foi schwannoma em quatro casos e hemangioma nos dois restantes. Em três doentes realizaram-se enxertos neurais e objectivou-se algum tipo de défice no final do seguimento em todos os casos. Conclusões. Os tumores do nervo facial são muito raros. É necessário um diagnóstico precoce com o objectivo de diminuir as sequelas faciais após a cirurgia nesta entidade.
Palabras claveEnxertos faciaisNervo facialSequelasCategoriasCáncer y tumores
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