Objectivos. Rever a situação actual do tratamento endovascular da doença carotídea com inclusão dos resultados disponíveis, sua indicações, os aspectos técnicos vinculados com o procedimento e os relacionados com a capacidade profissional dos especialistas envolvidos na realização da técnica. Desenvolvimento. O benefício do tratamento cirúrgico da doença carotídea estabelece-se para doentes sintomáticos com estenoses superiores a 70% e para subgrupos de doentes com estenoses sintomáticas de 50-69%. Existe una ampla controvérsia relativamente ao benefício da endarterectomia carotídea em doentes assintomáticos, em relação à redução de risco obtida e ao elevado número de doentes a tratar para prevenir eventos isquémicos. O tratamento endovascular da doença carotídea surge como uma alternativa ao tratamento cirúrgico. Actualmente, encontram-se em curso vários estudos multicêntricos aleatórios, que consentirão estabelecer uma comparação entre ambas as técnicas em grupos homogéneos de doentes. Contudo, existem dados preliminares que apontam para o benefício desta técnica, especialmente em grupos de risco cirúrgico, que poderiam permitir ampliar as indicações de revascularização. Analisámos os aspectos técnicos e médicos relacionados com o procedimento, os resultados dos estudos efectuados, as suas indicações e a capacidade profissional dos especialistas envolvidos na realização da técnica. Conclusões. O tratamento endovascular da doença carotídea constitui uma alternativa ao tratamento cirúrgico em doentes seleccionados. O incremento potencial das suas indicações é condicionado pelos resultados de estudos multicêntricos actualmente em curso.
Palabras claveEndarterectomia carotídeaEstenose carotídeaCategoriasPatología vascularTécnicas exploratorias
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