Introdução. A co-morbilidade da hemicrania e alterações mentais é elevada, particularmente a ansiedade e depressão. Objectivo. Determinar a prevalência de sintomas ansiosos e depressivos em mulheres com hemicrania. Doentes e métodos. Avaliaram-se doentes maiores de 18 anos com hemicrania, sem história de tratamento psiquiátrico e não grávidas. Quantificaram-se os sintomas de ansiedade e de depressão com as escalas de auto-avaliação de Zung.
Resultados Incluíram-se 110 mulheres, com idade média de 34,4 anos (DP: 9,4), com uma escolaridade média de 9,1 anos (DP: 4,5), 72,7% casadas e 46,9% donas de casa. 68,2% apresentavam hemicrania com aura e 31,8% hemicrania sem aura. 70,0% das avaliadas apresentava sintomas de ansiedade e 52,7% sintomas depressivos com importância clínica. As pontuações na escala para a ansiedade e para a depressão foram, em média, de 53,9 (DP: 7,9) e 51,0 (DP: 9,5), respectivamente. Observou-se uma co-morbilidade significativa de hemicrania, sintomas ansiosos e depressivos com importância clínica. Conclusões. A prevalência de sintomas ansiosos e depressivos é elevada em mulheres que sofrem de hemicrania, independentemente da idade, do nível educativo, do estado civil, da ocupação e do tipo de cefaleia. É frequente a coexistência de sintomas ansiosos e depressivos em mulheres com hemicrania.
Palabras claveAnsiedadeDepressãoHemicraniaMulheresPrevalênciaCategoriasCefalea y MigrañaDolorNeuropsiquiatría
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