Introdução. As síndromes que caracterizam as epilepsias generalizadas idiopáticas (EGI) apresentam uma importante dissipação de características electro-clínicas. Objectivo. Avaliar a capacidade diagnóstica da classificação para EGI da Liga Internacional contra a Epilepsia (ILAE) de 1989 e de 2001, e determinar que características clínicas e electroencefalográficas (EEG) permitem distinguir entre as síndromes. Doentes e métodos. 70 doentes (44 mulheres/26 homens). Todos apresentavam descargas epileptiformes generalizadas no EEG standard ou de privação de sono (PS). Foram aplicadas as classificações da ILAE de 1989 e de 2001.
Resultados Idade média da primeira crise: 12,3 anos. Primeira crise mais frequente: tonicó-clónica generalizada (71%); horário mais frequente de apresentação da crise: ao despertar (37%); factor desencadeante mais frequente: privação de sono (44,7%). Foram observadas descargas generalizadas paroxísticas em 62,9% dos EEG de PS da base, no que respeita a 22,3% dos EEG standards da base (p = 0,048). 28% dos doentes eram inclassificáveis, segundo a classificação de 1989, no que respeita apenas a 7% segundo a classificação de 2001. Tanto as características do EEG (aparição de paroxismos durante a EGI, p = 0,007, e EEG no momento do despertar, p = 0,015) como as clínicas (horário das crises, p = 0,053) diferenciavam as síndromes que caracterizam as EGI da adolescência. Conclusão. A classificação da ILAE de 2001 tem uma maior percentagem de doentes, devido a que os doentes considerados inclassificáveis na classificação de 1989 se incluem dentro da síndrome da epilepsia generalizada com fenótipos variáveis.
Palabras claveClassificaçãoPrivação de sonoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropsiquiatríaSueño
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