Objectivos. A doença cérebro-vascular aguda (DCVA) constitui uma prioridade sanitária pelo seu impacto em termos de mortalidade e dependência. Neste trabalho descrevemos os cuidados hospitalares na DCVA e a situação dos doentes ao ano, com o objectivo de detectar áreas de melhoria na abordagem desta doença. Doentes e métodos. Estudo de observação da fase aguda da doença e controlo clínico aos 12 meses, numa amostra aleatória de doentes, através da revisão de histórias clínicas e de entrevista telefónica.
Resultados Dos 535 pacientes, 34,6% chegaram ao hospital em menos de 6 horas desde o início dos sintomas. A 35,7% foi realizada uma TAC/RM em menos de 6 horas. A mortalidade intra-hospitalar foi de 13,8% e aumentou 26,0% ao ano. No momento da alta 49,0% apresentou alguma sequela neurológica. Aos 12 meses, 35,8% dos sobreviventes entrevistados apresentava um índice de Barthel inferior a 95 pontos. Conclusões. Não se podem protelar medidas organizativas que garantam uma avaliação rápida e sistematizada das lesões cerebrais, um diagnóstico precoce e uma oferta terapêutica activa. Nesta amostra somente 3% dos pacientes teriam sido candidatos a beneficiar do tratamento trombolítico. O tratamento reabilitador pode e deve desempenhar um papel mais relevante na prevenção de sequelas incapacitantes.
Palabras claveDependênciaDoença cérebro-vascular agudaHospitalizaçãoPrevenção vascularReabilitaçãoCategoriasDependenciasPatología vascular
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