Introdução. No estado focal não convulsivo (EFNC) descreveram-se alterações transitórias em estudos de neuroimagem (RM). Apresentamos um caso de EFNC e os achados na RM.
Caso clínico Uma mulher de 63 anos com antecedentes familiares de irmã e duas primas com epilepsia, é hospitalizada por apresentar há 72 horas um quadro de confusão. De referir que tinham ocorrido dois episódios semelhantes, 2 anos antes, com poucos minutos de duração, tendo-se então realizado um estudo cardiológico, um EEG e uma RM ao crânio, com resultados normais. O EEG era compatível com o estado temporal esquerdo e a RM, apresentou em T2 e flair, hiper-intensidade no lobo temporal esquerdo, sem efeito massa, com captação de gadolínio nas leptomeninges e córtex. LCR acelular e hiperproteinorraquidiana de 1 g/dL. Na evolução, a situação persistiu durante 10 dias, e não respondeu inicialmente ao tratamento antiepiléptico. Diagnosticou-se no EFNC temporal, de etiologia criptogénica frontal a idiopática. Os achados da RM, comparando com uma anterior normal e uma 10 dias após a decisão, com clara regressão da lesão, estão relacionados com um edema vasogénico e citotóxico secundário ao estado. Uma RM após 3 meses revelou-se normal. Conclusão. Este caso corrobora o descrito em relação ao aparecimento, no EFNC, de imagens na RM compatíveis com um edema secundário à rotura da barreira hematoencefálica. Fundamentamo-nos em estudos de RM sequenciais e na hiperproteinorraquiana no LCR.
Palabras claveRessonância magnética
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