Introdução. A cefaleia é uma das principais causas de consulta nas unidades de Neuropediatria. A variabilidade na prática médica tem-se definida como variações nas taxas de um procedimento clínico. O objectivo deste trabalho é estudar a variabilidade no modo de lidar com as cefaleias infantis entre seis hospitais espanhóis. Doentes e métodos. Trata-se de um trabalho retrospectivo no qual são incluídos aqueles doentes que acorreram à consulta devido a uma cefaleia pela primeira vez durante o ano de 1999. A recolha de dados realizou-se em Dezembro de 2003. Foram analisadas as seguintes variáveis: tipo de cefaleia, realização de neuroimagem, início de profilaxia, tempo de seguimento nas consultas e número de doentes que abandonaram o seguimento.
Resultados Foram atendidas 372 crianças. 63,4% das cefaleias foram consideradas do tipo enxaqueca; a 43% dos doentes foi realizada neuroimagem e foi iniciada profilaxia a 36,8%. A média de seguimento nas consultas foi de 10,6 meses e o número médio de visitas foi de 3. 30% abandonaram o seguimento. Na análise comparativa, foram encontradas diferenças significativas em todas as variáveis estudadas. Conclusões. Os resultados globais são similares aos encontrados noutras séries. As diferenças encontradas entre os centros podem ser interpretadas devido às diferenças populacionais, pelos diferentes estilos de prática médica dos profissionais ou também pela inexistência de pautas claras respeitantes a um determinado procedimento.
Palabras claveCefaleiaEnxaquecaInfânciaNeuroimagemNeuropediatriaPrática médicaProfilaxiaVariabilidade na prática médicaCategoriasCefalea y MigrañaDolorNeuroimagenNeuropediatría
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