O ‘Addenbrooke’s Cognitive Examination’ em espanhol para o diagnóstico de demência e para a diferenciação entre doença de Alzheimer e demência frontotemporal
Introdução. Existe uma necessidade crescente de contar com um instrumento breve e fiável que permita detectar demência nos estádios iniciais. Objectivo. Validar a tradução para espanhol do Addenbrooke’s Cognitive Examination (ACE), uma bateria breve recentemente desenvolvida e validada em inglês para detectar demência e diferenciar a demência tipo Alzheimer (DTA) da demência frontotemporal (DFT). Doentes e métodos. Estudaram-se os seguintes grupos: controlos (n = 52), DFT segundo critérios do consenso de Lund e Manchester (n = 22) e doentes com provável DTA (n = 54) segundo critérios do NINCDS-ADRDA. Foi realizada a todos os doentes de uma bateria neuropsicológica padrão, inventários neuropsiquiátricos e neuroimagens. A diferença entre grupos avaliou-se com ANOVA e a consistência interna do questionário mediante o coeficiente a de Cronbach. A escolha do ponto de corte realizou-se mediante a curva ROC (do inglês receiver operating characteristics).
Resultados O teste mostrou aceitável coerência interna. O cut-off de 86 mostrou uma sensibilidade de 92% (IC 95%: 83,6-97,0) e especificidade de 96,2 (IC 95%: 86,8-99,4). A curva ROC demostrou maior sensibilidade e especificidade do ACE sobre o Mini-Mental State Examination para discriminar entre grupo controle e demência. O coeficiente VLOM (fluidez verbal + linguagem) / (orientação + memória diferida) permite orientar o diagnóstico face a DFT se o valor for menor que 1,82 e face a DTA se for maior que 4,87. Conclusão. A versão em espanhol do ACE possui boa especificidade e sensibilidade para a detecção de demência em população de alto nível educativo e permite orientar o diagnóstico diferencial entre DFT e DTA. São necessários novos estudos em população de escolaridade mais baixa.
Palabras claveDemênciaDemência frontotemporalDemência tipo AlzheimerDeterioração cognitivaFunções executivasMemóriaCategoriasDemenciaNeurodegeneraciónNeuropsicologíaNeuropsiquiatría
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