Objectivo. A depressão pós-AVC (DPA) é a perturbação neuropsiquiátrica mais frequente após um AVC. Revemos os estudos epidemiológicos, os critérios de diagnóstico, as escalas utilizadas e os factores de risco associados à DPA. Desenvolvimento. A DPA considera-se precoce quando ocorre nos primeiros três meses após um enfarte ou hemorragia cerebral, e tardia quando ocorre passado esse período. Analisámos os diversos estudos de séries de casos, registos de unidades de AVC e de reabilitação e os estudos realizados na comunidade. A prevalência da DPA foi estimada entre 18 a 60%. Diversos problemas metodológicos como os critérios de inclusão (estudos da fase aguda em comparação com a fase crónica, exclusão de doentes com demência ou afasia), tipo de escalas aplicadas (escalas autoaplicadas, entrevista estruturada segundo os critérios DSM-IV, Hamilton, etc.) limitam a comparação destes estudos. Os sintomas de DPA podem ser afectivos, somáticos e cognitivos. Não foi possível demonstrar em estudos epidemiológicos posteriores a relação entre DPI e localização do AVC na região frontal e gânglios da base esquerdas. Conclusão. A DPA é uma entidade altamente prevalente, potencialmente tratável e infradiagnosticada. A disparidade dos critérios de inclusão, dos tempos de estudo e das escalas aplicadas são as principais sinuosidades dos estudos epidemiológicos publicados.
Palabras claveAVCDepressãoDepressão pós-AVCResultados do AVCCategoriasNeuropsiquiatríaPatología vascular
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