Introdução. Observa-se que a população de pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) se concentra predominantemente na faixa etária adulto-idoso. Diante deste contexto, verifica-se a possibilidade de tais pacientes independente de terem sofrido um episódio de AVE, exibir um certo comprometimento funcional em decorrência do processo de envelhecimento natural. Objectivo. Investigar a condição funcional de pacientes com AVE, bem como de indivíduos saudáveis sem história deste. Sujeitos e métodos. Estudo transversal do tipo analítico com grupo controle composto por 82 indivíduos, sendo 41 pacientes com AVE (G1) e 41 indivíduos sem historia de AVE (G2) pareados quanto a sexo, idade e nível de escolaridade.
Resultados Amostra predominantemente feminina (60%), casada (70%), com AVE tipo isquêmico (70%), hemisfério cerebral direito (56%) e nível de escolaridade primário (36%). A prevalência de pacientes com déficit funcional severo foi de 58,53% enquanto no grupo controle não houve indivíduos com este nível de deficiência. Verificou-se a existência de relação (p < 0,05) entre a condição funcional e as variáveis idade e etiologia do AVE para o G1 e entre a condição funcional e a variável idade para os indivíduos participantes do G2, indicando maior acometimento funcional entre aqueles que possuem maior idade. Conclusão. Os achados sugerem que o comprometimento na função de pacientes com AVE é superior ao de indivíduos sem história de AVE com o mesmo sexo, idade e escolaridade, o que evidencia a associação entre AVE e a deficiência funcional nestes pacientes.
Palabras claveAcidente vascular encefálicoAtividades da vida diáriaCondição funcionalIdosoProcesso de envelhecimentoCategoriasNeurogeriatríaPatología vascular
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