Introdução. O envelhecimento normal caracteriza-se pela alteração das funções cognitivas. Em 1958 Kral define o ‘esquecimento benigno da senescência’ para designar uma perturbação mnésica diferente do envelhecimento normal. Em 1986 um grupo de investigadores do National Institute of Mental Health e outros centros propõe uma nova entidade neuropsicológica denominada perturbação da memória associada à idade. Actualmente constitui uma prioridade para a comunidade científica estabelecer a prevalência, a evolução e os factores de risco desta entidade. Objectivos. Estabelecer a prevalência e especificar alguns factores de risco na perturbação da memória associada à idade. Sujeitos e métodos. O estudo foi constituído por todos os doentes com idade superior aos 50 anos, de uma área da saúde (234 indivíduos), aos quais se aplicaram os critérios diagnósticos. Além dos doentes, seleccionou-se um grupo controlo para estabelecer a correlação com factores de risco seleccionados. Resultados e conclusões. A prevalência obtida foi de 39,7%; dos quais, 38,7% corresponde ao sexo masculino e 40,4% ao feminino. Também se observou que quanto mais avançada a idade do doente e anos de evolução, maior é a deterioração da memória. Em relação aos factores de risco, comprovou-se que o hábito de fumar e as características psicossociais constituirão factores de predisposição, assim como a hipertensão arterial, ou antecedentes de demência e a satisfação das necessidades básicas.
Palabras claveAlteração da memória associada à idadeAtenção primáriaDemênciaFactores de riscoMemóriaPrevalênciaCategoriasDemenciaNeuropsiquiatría
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