Introdução. Cerca de 60-90% dos indivíduos de países desenvolvidos experimenta dor lombar pelo menos uma vez na sua vida, sendo esta uma das causas mais frequentes de consulta em neurologia. As dificuldades na avaliação da lombalgia ou lombociatalgia devem-se à frequente discordância entre a clínica, imagiologia e anatomopatologia. Objectivo. Estabelecer as indicações adequadas e o momento cronológico apropriado para avaliação neurofisiológica da dor lombar. Desenvolvimento. Procede-se à revisão das técnicas neurofisiológicas mais utilizadas actualmente e aos achados mais frequentes nos doentes com lombalgia aguda, subaguda ou crónica, e lombociatalgia aguda ou crónica. Conclusões. Não existem evidências científicas de que os estudos neurofisiológicos condicionem alterações à terapêutica conservadora, indicada nas referidas patologias. Em doentes com lombociatalgia subaguda ou crónica, a avaliação neurofisiológica deve ser ponderada entre as três semanas e os seis meses após o início da sintomatologia. A electromiografia é o exame neurofisiológico com maior sensibilidade. Os estudos neurofisiológicos realizam-se sempre que os seus resultados possam implicar alterações na abordagem terapêutica, na avaliação pré-cirúrgica ou que de algum modo possam fornecer informação prognóstica.
Palabras claveElectromiografia convencionalLombalgia agudaLombalgia crónicaLombalgia subagudaLombociatalgia agudaCategoriasDolorTécnicas exploratorias
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