Introdução. As pseudocrises são perturbações paroxísticas de etiologia psicógena com manifestações semelhantes a crises epilépticas. Constituem uma patologia relativamente frequente na prática clínica neurológica. A suspeita diagnóstica da sua existência, em muitos casos, é difícil de confirmar. O videoelectroencefalograma (vídeo-EEG) é a exploração complementar mais útil ao seu diagnóstico.
Casos clínicos Apresentamos os casos de sete doentes enviados ao nosso serviço com suspeita clínica de pseudocrise. A colocação de eléctrodos de superfície inactivos sobre ambas as regiões malares durante um estudo de vídeo-EEG permitiu, mediante sugestão, desencadear em todos eles o surgimento de quadros clínicos semelhantes aos que motivavam o pedido de exploração, assim como limitar a sua duração, sugestionando igualmente o paciente de modo a provocar a resolução do episódio. Em todos os casos o traçado do electroencefalograma simultâneo não mostrou achados patológicos. Conclusões. A colocação de eléctrodos inactivos nas regiões malares é um método de indução de pseudocrise inócuo, facilmente aplicável, de total disponibilidade e baixo custo, do qual não existem referências bibliográficas. Permite reduzir o tempo de monitorização de vídeo-EEG. Fornece a prova de que um fenómeno crítico determinado pode se induzir e resolver-se, mediante técnicas de sugestão, o que constitui um dado de grande utilidade no diagnóstico da pseudocrise.
Palabras claveCrise psicógena não epilépticaEléctrodos inactivosEstímulos desencadeantesPseudocriseSugestãoTécnicas de indução
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