Introdução. O pseudotumor cerebral pediátrico ou síndroma de hipertensão intracraniana idiopática; é pouco frequente na idade pediátrica e apresenta-se com características clínicas diferentes do quadro visto em adultos. Não é uma condição benigna em crianças e por isso deve evitar-se o termo ‘hipertensão intracraniana benigna’, algumas vezes usado para identificar esta síndroma, que se caracteriza por um aumento da pressão intracraniana com líquido cefalorraquidiano analiticamente normal e sem lesões expansivas detectadas por neuroimagens. Desenvolvimento. É uma síndroma complexa, uma causa de cefaleia intensa em crianças, com perda visual aguda e, eventualmente, atrofia óptica; o seu tratamento deve ser individualizado e as opções de tratamento farmacológico ou neurocirúrgico devem contemplar-se para evitar lesão visual permanente. Revimos a casuística do nosso instituto nos últimos 10 anos (1995-2005), onde encontrámos 23 crianças (entre os 3 e os 15 anos) que cumpriam os critérios de Dandy para o seu diagnóstico como pseudotumor cerebral pediátrico, sem predomínio de sexo, nem obesidade associada. Conclusões. O seu tratamento deve ser individualizado, contínuo e multidisciplinar; a fenestração do invólucro do nervo óptico ou a implantação de derivações lomboperitoneais corrigem o síndroma refractário, que no nosso caso esteve em 35%. A percentagem restante foi tratada com acetazolamida, dieta e esteróides.
Palabras claveDerivação lomboperitonealFenestração do nervo ópticoHipertensão intracraniana benignaHipertensão intracraniana idiopáticaCategoriasCáncer y tumores
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