Indicações e resultados da cirurgia da epilepsia em crianças
E. Sell-Marucco[REV NEUROL 2006;42 (Supl. 3):S61-S66]PMID: 16642454DOI: https://doi.org/10.33588/rn.42S03.2006056OPEN ACCESS
Volumen 42 |
Número S03 |
Nº de lecturas del artículo 5.128 |
Nº de descargas del PDF 1.201 |
Fecha de publicación del artículo 27/04/2006
Introdução. Uma em cada quatro crianças que sofrem de epilepsia contínua tendo crises apesar do arsenal de medicamentos antiepilépticos do qual se dispõe actualmente. A cirurgia para epilepsia é um tratamento potencialmente eficaz em muitos casos de epilepsia refractária a fármacos. Objectivo. Rever alguns dos avanços mais recentes quanto às indicações e resultados da cirurgia em casos de epilepsia. Desenvolvimento. Graças ao avanço em técnicas neurofisiológicas de localização, como a magnetoencefalografia, a análise de dipolo e de oscilações de alta-frequência assim como de imagens neurológicas funcionais e de maior resolução espacial, maior número de doentes têm beneficiado deste tratamento e num menor prazo de tempo. A selecção do doente determina em grande medida a percentagem de êxito. Assim como nos adultos, na população pediátrica, a cirurgia para tratar a epilepsia do lóbulo temporal tem altos índices de êxito, com mais de 85% das crianças que se vêem totalmente livre de crises ou com uma redução das crises em mais de 90% dos casos. Os casos de cirurgia da epilepsia extratemporal são mais frequentes nas crianças e apresentam maior dificuldade de localização e de abordagem neurocirúrgica. Conclusão. Nem sempre é necessário descobrir uma lesão estrutural por imagens neurológicas para considerar um doente candidato à cirurgia, e, em muitos casos, uma redução parcial das crises melhora a qualidade de vida significativamente, validando a opção de realizar cirurgia ainda nos casos onde a probabilidade de permanecer totalmente livre de crises seja muito baixa.
Palabras claveCirurgia da epilepsiaCriançasEpilepsia refractáriaMonitorização intracranianaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropediatría
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