Objectivo. Realizámos um estudo caso-controlo para analisar a relação entre a administração parentérica de gangliosidos e o síndrome de Guillain-Barré. Doentes e métodos. Seleccionámos 64 doentes com diagnóstico de síndrome de Guillain-Barré e 148 controlos. Nos casos e nos controlos, a proporção e intervalos de confiança (IC) de 95% de sujeitos a receber gangliosidos, foi calculada. O número de doentes com síndrome de Guillain-Barré que necessitaram de ser ventilados ou morreram foi também calculado.
Resultados Dos 36 doentes, 4 deles (IC 95%= 81-0,6), com mais de 40 anos, receberam gangliosidos previamente ao síndrome de Guillain-Barré. Um desses doentes foi ventilado (IC 95%= 25-2) e morreu. Nenhum dos controlos com menos de 40 anos tomou gangliosidos, enquanto que dos 108 com mais de 40 anos (IC 95%= 154) 9 receberam gangliosidos. Nenhum desenvolveu sintomas sugestivos de síndrome de Guillain-Barré. Ainda que os gangliosidos foram mais frequentemente usados no síndrome de Guillain-Barré (OR= 1,75), a diferença não foi significativa (IC 95%= 4,82-0,69). Conclusão. O presente estudo prova que, apesar da associação existente entre a administração de gangliosidos e o síndrome de Guillain-Barré, não existe uma diferença estatística entre este grupo de doentes e a população controlo
Palabras claveGangliosidosCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculo
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