Objectivo. A cirurgia da estenose carotídea como tratamento do acidente vascular cerebral agudo teve a sua máxima prevalência na década dos 80. Este procedimento cirúrgico foi um dos poucos que se submeteram a ‘exame’, para demonstrar a sua validade perante uma série de ensaios prospectivos multicêntricos, realizados entre os anos de 1980 e 1990. O presente artigo pretende expôr os resultados desses ensaios, e proporcionar uma orientação útil para o mauseamento actual deste tipo de doentes. Desenvolvimento. Descrevem-se os estudos mais importantes realizados até à data, tanto no grupo de doentes com estenose carotídea sintomática, como nos de estenose assintomática. Reforça-se a importância de obter uma baixa morbi-mortalidade, tanto no procedimento cirúrgico como no diagnóstico. Descrevem-se as vantagens e os inconvenientes dos métodos de diagnóstico não invasivos, alternativos à angiografia cerebral, e ressaltam-se as indicações actuais da cirurgia carotídea no grupo de doentes sintomáticos e no dos assintomáticos. Conclusões. Os estudos cooperativos mais importantes (ECST e NASCET) demonstraram a validade do tratamento cirúrgico em combinação com o tratamento médico, comparativamente ao tratamento médico isoladamente, com a finalidade de evitar novos eventos neurológicos em doentes com estenose carotídea sintomática. O único estudo cooperativo que mostrou a superioridade do tratamento cirúrgico comparativamente ao médico, no grupo de doentes assintomáticos, foi o ACAS, e de forma particular no grupo de doentes do sexo masculino
Palabras claveAcidente vascular cerebral agudoCirurgiaEstenose carotídeaCategoriasNeurocirugíaPatología vascular
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