Introdução. Os quistos epidermoides e dermoides são tumores disembriogénicos que representam cerca de 1% de todos os tumores intracranianos. Caracterizam-se pelo seu crescimento lento, localizarem-se na linha média relativamente às cisternas basais e pelo seu comportamento benigno. Objectivos. Analisar as características clínicas, radiológicas e os resultados obtidos no tratamento cirúrgico dos quistos dermoides e epidermoides intracranianos. Doentes e métodos. Realizámos uma revisão sobre 18 casos de quistos epidermoides e de 3 dermoides intracranianos, diagnosticados e tratados cirurgicamente ao longo de um período de 18 anos. Todos os doentes tiveram diagnóstico por tomografia computarizada (TC) e os últimos 15 casos por ressonância magnética (RM).
Resultados A localização mais frequente foi o lóbulo temporal, com 7 casos, seguida pelos situados na região supra-selar com 4 casos. Todos os doentes apresentaram umas características de imagem típicas tanto na TC (hipodensos e sem reforço com contraste) como na RM (hipo e isointensos em T1 e hipo-intensos em T2). Realizou-se extirpação completa em 16 casos, apresentando-se 3 episódios de meningite asséptica e 2 casos de morte. Conclusões. Os quistos dermoides e epidermoides caracterizam-se por apresentar uma sintomatologia clínica prolongada no tempo. A sua localização mais frequente é supratentorial e na linha média ou na região temporo-sílvica. O exame diagnóstico de eleição é a RM. O seu tratamento é cirúrgico, que deve ser orientado para efectuar resseções completas. No entanto, nas excereses subtotais o período de recidiva é prolongado
Palabras claveMeningite assépticaQuisto dermoideQuisto epidermoideRessonância magnéticaCategoriasInfecciones
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