Introdução. A doença vascular cerebral aguda constitui um problema neurológico grave. A mortalidade varia entre 6 e 30%. A maioria dos estudos são concordantes em que a idade avançada, o tipo de ictus, o tamanho da lesão e a deterioração clínica são factores determinantes na mortalidade. No entanto, não está suficientemente clarificada a sua relação com os factores de risco vascular. Objectivo. Analisar a repercussão dos distintos factores de risco vascular sobre a mortalidade durante a fase aguda do AVC. Doentes e métodos. Estudámos todos os doentes com AVC internados no Serviço de Neurologia do Hospital Geral da Galiza, de Santiago de Compostela, durante um período de 3 anos (n= 915). Recolhemos os factores de risco vascular e analisámos as causas da mortalidade durante a hospitalização.
Resultados A mortalidade hospitalar no AVC foi de 16,8%. A mortalidade foi de 14,5% no enfarte cerebral, de 23,2% na hemorragia intracerebral de 19,4% na hemorragia subaracnoidea. Em 20,8%, os doentes faleceram de causa neurológica, em 24,7% de causa vascular, em 26% a origem foi infecciosa e nos restantes 28,6% não se pode precisar a causa da morte. A origem neurológica da mortalidade foi de 46,1% nos doentes com hemorragia subaracnoidea, 25,5% na hemorragia intracerebral e de 14,8% no enfarte cerebral. Os factores de risco vascular associados a uma maior mortalidade foram a idade (p< 0,001) e antecedentes de cardiopatia (p< 0,05). Conclusões. Os factores de risco vascular que na data de internamento indicam um pior prognóstico foram: a idade, tipo de AVC e o antecedente de cardiopatia
Palabras claveAVCFactores de riscoMortalidadeCategoriasPatología vascular
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