Introdução. A gliomatose cerebral (GC) é uma neoplasia glial difusa infiltrativa, que pode afectar qualquer parte do sistema nervoso central (SNC). O crescimento difuso e infiltrativo determina a dificuldade da suspeita clínica e do diagnóstico pelas técnicas de imagem. A ressonância magnética (RM) é mais sensível que a tomografia computarizada (TC) para detectar as lesões. No entanto, a extensão da infiltração pode ser subestimada pelas técnicas de imagem actuais. Objectivo. Neste artigo descrevemos os aspectos histológicos desta patologia rara, o seu comportamento biológico e a sua correlação com os achados radiológicos. Revemos ainda os dados fornecidos por outras técnicas (tomografia por emissão de positrões, exame imuno-histoquímico) no seu diagnóstico e delimitação.
Caso clínico Apresentamos um caso de GC num doente homem de 26 anos de idade. A TC não mostrou alterações, enquanto que a RM mostrou envolvimento difuso da substância branca com extensão ao córtex. O doente teve um agravamento rápido, desenvolvendo posteriormente duas massas focais de glioblastoma multiforme em áreas de maior infiltração neoplásica. Conclusões. A RM desempenha um papel mais importante que a TC no diagnóstico e extensão da GC. Apesar de se tratar de uma patologia rara, obriga-nos a inclui-la no diagnóstico diferencial das patologias que envolvem difusamente a substância branca, utilizando a pobreza da delimitação entre substância cinzenta e a substância branca para uma maior aproximação para o seu diagnóstico
Palabras claveGliomatose cerebralRessonância magnéticaSistema nervosoTomografia computarizadaCategoriasCáncer y tumores
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