Introdução e objectivo. Os prometedores avanços no tratamento do acidente cérebro-vascular agudo requerem iniciar o tratamento precocemente, convertendo o factor tempo em determinante quanto à sua eficácia e segurança. Objectivos. A finalidade do estudo é conhecer o tempo que decorre entre o início do evento e a chegada ao hospital; e saber se o tipo de evento, localização e gravidade determinam um comportamento diferente. Material e métodos. Série consecutiva hospitalar de 1.344 doentes admitidos por doença vascular cerebral aguda em dois hospitais valencianos. Analiza-se o tempo de latência até à sua chegada às Urgências. Estudam-se as possíveis diferenças entre as distintas categorias diagnósticas. Pondera-se se os factores demográficos (sexo, idade), factores de risco vascular e gravidade do evento no momento da admissão condicionam um tempo de latência distinto. Resultado. Não pode determinar-se o tempo de início em 30%, que, como grupo, se caracterizou por uma maior gravidade (p< 0,001). Dos doentes com tempo de início conhecido e que ocorreu durante a vigília, 70,7% chegaram à Urgência dentro das seis primeiras horas. As medianas do atraso foram: AIT, 2 horas; enfarte cerebral, 3 horas (lacunares 5 horas, não lacunares 2 horas), e hemorragia intraparenquimatosa, 2 horas. A maior gravidade do evento determinou menor atraso (p< 0,001). Nenhum dos outros factores analizados foi significativo. Conclusões. Os doentes com eventos graves recorrem mais precocemente ao hospital. Os doentes com hemorragias intraparenquimatosas são admitidos antes que os que têm acidentes vasculares isquémicos e, entre estes, os enfartes lacunares são os que mais tempo demoram
Palabras claveAtenção médicaDoença vascular cerebralJanela terapêuticaTempo de latênciaCategoriasPatología vascular
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