Introdução. As fracturas e luxações pós-traumáticas da coluna cervical, são muito mais frequentes em doentes jovens. Um bom estudo radiológico simples que abranja desde a união occipito-cervical até à união vertebral cervico-dorsal é fundamental. O espasmo anti-álgico que eleva os ombros provoca sobreposição da sua imagem com a conjunção cervico-dorsal, ocultandola. Neste segmento devem ser tomadas precauções técnicas adequadas e quando estas fracassam, a realização de tomografia computorizada (TC) ou ainda a realização de uma ressonância magnética nuclear (RMN), estão indicadas. Caso clínico e conclusões. Apresentamos o caso de uma doente de 20 anos de idade que sofreu um acidente de viação acompanhado de hiper-extensão cervical. Tinha sido observada noutro Serviço de Urgências de outro hospital ao qual recorreu referindo dor cervico-braquial bilateral. Foi-lhe efectuada uma radiografia simples cervical anteroposterior e lateral na que apenas se via até C6. A doente obteve alta com analgésicos e relaxantes musculares. Os sintomas não melhoraram pelo que foi prescrita reabilitação, e ainda assim, 3 meses mais tarde ficou paraplégica. A RMN detectou uma sub-luxação C6-C7 acompanhada por um processo expansivo intra-raquidiano extradural e osteólise de C7. Foi operada de urgência, tendo-se-lhe realizado vertebrectomia C7 e extraindo-se-lhe uma lesão muito vascularizada. O estudo histológico demonstrou tratar-se de um tumor de células gigantes. Posteriormente a doente recuperou a força nos seus membros inferiores e recebeu radioterapia
Palabras claveRadiologia simpleSub-luxação C6-C7CategoriasNeuroimagenTraumatismos
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