Introdução e objectivo. O teste de fluência verbal semântica (TFVs) é muito sensível à deterioração cognitiva. Os valores normalizados procedem na sua maioria de indivíduos normais com um nível cultural médio-alto. Analisam-se os resultados de um TFVs numa ampla amostra de indivíduos avaliados numa Consulta de Neurologia, com a finalidade de avaliar os valores normalizados desta população. Doentes e métodos. Aplicou-se um TFVs (animais num minuto) a 138 indivíduos sem demência, com idade superior a 55 anos, avaliados na Consulta de Neurologia. Controlaram-se as variáveis sexo, idade, anos de escolaridade, exames efectuados, diagnóstico e procedência. Efectuou-se um estudo descritivo bivariado e uma análise de regressão linear multivariada, de acordo com uma estratégia ‘passo a passo’.
Resultados O grupo tinha um nível educativo baixo (72% com menos de 10 anos de escolarização), com uma média ± erro estandardizada de 16,02 ± 0,45 animais num minuto. As variáveis anos de escolarização, sexo, idade e diagnóstico mostraram uma associação significativa com a fluência verbal semântica no modelo adaptado de regressão. Conclusões. Os nossos valores são inferiores a outros grupos normalizados, o que pode estar relacionado com o baixo nível educativo do nosso grupo e com a presença, no mesmo, de indivíduos com doença neurológica. O modelo de regressão linear proposto permite predizer os valores da fluência verbal semântica em indivíduos concretos em função das suas características pessoais
Palabras claveAvaliação neuropsicológicaBaixo nível educativoControlosFluência semânticaFluência verbalCategoriasDemenciaNeuropsiquiatría
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