Introdução. O teste do relógio (TR) tem sido utilizado nos últimos anos como instrumento neuropsicológico simples para avaliar a deterioração cognitiva associado à demência, apesar de não existirem ainda critérios uniformes e operacionais para a sua aplicação e correcção. Objectivos. Apresentar uma normativa de aplicação e pontuação, e estabelecer os critérios psicométricos mais relevantes do TR numa amostra de indivíduos controlos (SC) e doentes com doença de Alzheimer (DA). Doentes e métodos. Seleccionámos 56 doentes, 35 mulheres e 21 homens, com DA provável (critérios NINCDS-ADRDA) e estadio 1 (critérios CDR). Tinham idade média de 72,7 e DT de 7,64. O grupo SC estava constituído por 56 indivíduos controlo, 34 mulheres e 22 homens, idade média de 72,14 e DT de 7,2. Utilizou-se o TR em duas condições experimentais: TR ‘à ordem’ (TRO) e TR ‘à cópia’ (TRC).
Resultados Os principais parâmetros psicométricos analisados na série estudada tiveram os seguintes valores: consistência interna (coeficiente alfa de Cronbach 0,9029), ponto de corte TRO 6 com sensibilidade 92,80, falsos negativos (FN) 7,2, especificidade 93,48, falsos positivos (FP) 6,52, eficácia: 93,16; ponto de corte TRC: 8 com sensibilidade 73,11, FN 26,89, especificidade 90,58, FP 9,42, eficácia: 82,49. Conclusões. O TR permite diferenciar indivíduos sem deterioração cognitiva e doentes em estadio incipiente de DA com os critérios de aplicação e pontuação utilizados
Palabras claveDemênciaDoença de AlzheimerTeste do relógioCategoriasDemenciaNeurodegeneraciónNeuropsicologíaNeuropsiquiatríaPatología vascular
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