Introdução. A hemorragia subaracnoideia é uma doença frequente nas urgências neurológicas, com uma incidência de 11-19/100.000 habitantes; 12% dos doentes morrem sem pedir ajuda médica, 63% morre durante o primeiro ano, e 72% nos primeiros 5 anos. Objectivo. Descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e factores prognósticos da hemorragia subaracnoideia. Doentes e métodos. De Janeiro de 1993 a Novembro de 1997, estudaram-se retrospectivamente casos de hemorragia subaracnoideia primária produzidos na região de Segóvia. Os doentes apresentavam história clínica compatível com hemorragia subaracnoideia confirmada com TAC de crânio e/ou punção lombar. A angiografia de troncos supra-aórticos foi efectuada para detectar malformação vascular. Os doentes foram classificados em graus clínicos segundo os critérios de Hunt e Hess.
Resultados As hemorragias subaracnoideias primárias foram 54 (29 homens e 25mulheres); idade média 59 anos. A incidência média actual foi de 7/100.000 habitantes. 59% estavam no estadio I-II de Hunt e Hess. 67% dos doentes tiveram cefaleias como síntoma de apresentação. Os doentes com TAC craniana normal (20%) tinham menor grau clínico e recorreram mais tarde à consulta; 4% ressangraram e todos morreram. Em 46% associaram-se complicações neurológicas e em 28% sistémicas. De 33 angiografias efectuadas, 14 foram positivas, 11 aneurismas (cinco embolizados e cinco tratados cirurgicamente). Sete por cento dos casos tiveram sequelas neurológicas graves na alta. A mortalidade na fase aguda foi de 13%. Conclusões. A hemorragia suaracnoideia continua a ser uma doença grave, com uma taxa de mortalidade alta na fase aguda (13%) e de sequelas (20%). O grau clínico e os achados na TAC de crânio foram os principais factores prognósticos
Palabras claveAneurisma intra-cranianoHemorragia subaracnoideiaPrognósticoCategoriasCalidad, Gestión y Organización AsistencialPatología vascularTécnicas exploratorias
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