Introdução. Crianças com sida foram infectadas principalmente por transmissão vertical, o que ocorreu em 90% dos casos. Em uma série de 340 crianças HIV+ acompanhadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Desenvolvimento. A taxa de transmissão mãe-filho diminuiu para 3-4% nas séries onde se utilizou medicação profilática durante a gestação e nas primeiras 6 semanas de vida. A incidência de alterações neurológicas na transmissão vertical foi de 49% em nossa série prospectiva e ocorreu por exposição primária do SNC ao HIV ou a exposição secundária devido à imunosupressão. A doença neurológica causada pelo HIV é uma complexa síndrome que se manifesta por diversos graus de retardo motor, cognitivo e do comportamento. A encefalopatia pode ser progressiva ou estática. Em nossa série ocorreu encefalopatia em 32,5% dos casos, retardo do desenvolvimento em 42,5%, convulsões em 6%, retardo só na fala em 5%, cefaleias em 2,5% e perturbações de conduta em 2%. Infecção do SNC ocorreu em 33,8% dos casos: infecções bacterianas agudas em 11%, citomegalovirose em 6,8%, toxoplasmose em 5,9%, criptococose em 5%, tuberculose em 3,8% e lues em 1,3%. Acidente vascular cerebral ocorreu em 2,5% dos casos e neuropatia periférica em 5%. Setenta por cento de nossos casos tinham LCR anormal, 75% TAC anormal e 45% EEG alterado.Conclusões. O tratamento das crianças com sida e manifestações neurológicas se baseia na utilização de terapêutica específica que atua sobre o controle da replicação viral. A melhor resposta terapêutica foi conseguida com o uso de AZT associado a outros medicamentos neuroprotetores em associações anti retovirais
Palabras claveCriançasTratamentoCategoriasInfeccionesNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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