Objectivos. Avaliar a eficácia diagnóstica do registo electroencefalográfico intra-arterial e conhecer quais os doentes que mais beneficiam desta técnica; comparar os resultados obtidos com os de outras técnicas de registo e estabelecer uma pauta de registo. Doentes e métodos. Efectuaram-se 64 registos intra-arteriais em 30 doentes pertencentes a um dos seguintes grupos: indivíduos com epilepsia temporal refractária a farmacoterapia; doentes com crises epilépticas de qualquer tipo que requeiram arteriografia cerebral; e indivíduos cuja doença necessite da realização de arteriografia selectiva por qualquer motivo. Utilizou-se uma guia Seeker 10, cuja extremidade distal comporta-se como eléctrodo, e efectuou-se um registo com duração de 2 minutos. A situação do eléctrodo varia segundo a localização da doença do paciente. Registou-se simultaneamentea actividade com eléctrodos superficiais. Mediante a prova não paramétrica do chi-quadrado, analisou-se a eficácia da prova, e com o teste do T emparelhado, a concordância entre observadores. São comparados os resultados obtidos através do EEG intra-arterial e o registo de superfície em simultâneo.
Resultados Encontraram-se três tipos de padrões electroencefalográficos, sendo o mais frequente o definido pela existência de ondas agudas de voltagem aumentada com polipontas. A sensibilidade da prova foi de 93,33%, a especificidade de 80% e o valor global da prova de 86,66%. A prova do chi-quadrado demonstrou a sua fiabilidade no diagnóstico de focos epileptogénicos profundos. A concordância entre observadores foi elevada. Não foram descritas complicações nos doentes da amostra. Conclusão. O registo EEG intra-arterial é uma prova diagnóstica semi-invasiva que pode ser útil num grupo seleccionado de doentes e que apresenta sensibilidade e especificidade elevadas.
Palabras claveEléctrodosElectroencefalografiaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeurofisiologíaPatología vascularTécnicas exploratorias
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