Introdução. A lepra é uma doença conhecida desde a antiguidade. A sociedade reagiu de uma forma violenta contra a mesma devido ao medo do contágio e ao facto de mutilar as suas vítimas de uma forma espantosa. Desenvolvimento. Provocada pelo Mycobacterium leprae, esta doença afecta unicamente o sistema nervoso do ser humano. As normas e as marcas de identificação praticadas, durante anos, sobre os indivíduos suspeitos de estarem afectados por lepra baseavam-se quase sempre numa série de requisitos que estavam de acordo, no caso de se verificar, com a denominada ‘declaração de leproso’. Os médicos do século XVIII, conscientes das consequências de um diagnóstico de lepra, em parte pelas limitações da medicina da época e em parte pelo risco inato na identificação da semiologia da doença nas primeiras fases e dos seus sintomas em mudança, adoptavam posturas cautelosas e por vezes demasiado prudentes. Estes problemas encontram-se descritos em distintas dissertações apresentadas na Real Sociedade de Medicina e outras Ciências de Sevilha, durante o último terço do século XVIII. Foram analisadas um total de oito dissertações relativas a esta doença, entre as quais se destacam pelo seu conteúdo e qualidade as apresentadas pelo médico Bonifácio Ximénez de Lorite em 1765 e 1788.
Palabras claveDissertaçõesIlustraçãoSevilhaTratamento
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