Associação genética entre a amplitude reduzida do p300 e o alelo a1 do gene que codifica o receptor d2 da dopamina (drd2) como possíveis marcadores biológicos do alcoolismo
Introdução. Ao longo das últimas décadas desenvolveu-se um corpo de trabalho dedicado ao estudo do P300 no alcoolismo e sistematicamente encontrou-se uma amplitude diminuída, tanto em doentes, como em populações de risco (filhos de alcoólicos). Além disso, estudos com gémeos indicam que as ondas dos potenciais evocado se encontram sob controlo genético. Por outro lado, avanços nas técnicas de genética molecular esclareceram o papel do alelo A1 do gene que codifica o receptor D2 de dopamina (DRD2) no alcoolismo. Somente nos últimos anos apareceram estudos que os relacionam e consideram marcadores de risco para o alcoolismo. Contudo, encontraram-se resultados contraditórios. Desenvolvimento. O objectivo do presente trabalho é fazer uma revisão de parte da literatura e apresentar provas a favor e contra, quer das características observadas no P300 como do possível papel do gene DRD2 na etiologia do alcoolismo e da relação entre ambos. Tudo isto considerando os aspectos mais relevantes sobre o papel da dopamina no sistema nervoso central, visto que alguns estudos mostram que está implicada na geração do P300 e no reforço derivado do consumo de álcool. Por fim, são discutidas as vantagens e os inconvenientes de tomar em consideração a baixa amplitude do P300 e a presença do alelo A1 como marcadores diagnósticos para identificar populações de risco e prevenir assim o aparecimento da perturbação.
Palabras claveAlcoolismoMarcador biológicoReceptor D2 da dopaminaTaq1 ACategoriasNeurofisiologíaNeuropsicología
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