Doentes e métodos. Estudaram-se cinco fluidos biológicos, de colheita fácil, na exploração imunológica (líquido cefalorraquidiano, soro, lágrimas, saliva, urina) de 25 doentes com esclerose múltipla clinicamente definida, de acordo com os critérios de Cleveland, Ohio (1991), e tabuladas segundo a escala expandida de incapacidade de Kurtzke. As amostras foram obtidas simultaneamente durante um rastreio clínico da doença e previamente a qualquer tratamento farmacológico e imunossupressor.
Resultados O nível de receptor solúvel de interleucina-2 encontrou-se significativamente aumentado em pelo menos três destes fluidos, mas sempre ausente na urina, em comparação com o dos controlos normais. A sensibilidade e especificidade da sua determinação para o diagnóstico da afecção foi maior do que a de outros parâmetros imunoquímicos –distribuição oligoclonal de imunoglobulinas (especificamente de IgG), desequilíbrio de cadeias leves Kappa e Lambda– e estudos electrofisiológicos (potenciais evocados). O doseamento e a quantificação de proteína básica de mielina do sistema nervoso central, rica em citrulina, presente na urina, pode ser um parâmetro indicador de progressividade. Conclusão. Esta metodologia (teste dos cinco humores) poderia ser utilizada para estabelecer um diagnóstico mais preciso e precoce da esclerose múltipla, bem como para monitorizar a sua actividade biológica juntamente com a ressonância magnética nuclear com contraste intravenoso.
Palabras claveDesequilíbrio de cadeias levesDistribuição oligoclonal de imunoglobulinasEsclerose múltiplaLíquido cefalorraquidianoProteína básica de mielina do sistema nervoso central rica em citrulinaReceptor solúvel de interleucina-2CategoriasEsclerosis múltipleMareos, vértigos y acufenos
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