Objectivos. Avaliar o tratamento, em monoterapia, com o anticonvulsivante gabapentina, sua eficácia e tolerância em doentes com crises epilépticas parciais e parciais secundariamente generalizadas de início recente, que não tenham recebido tratamento e em doentes que, apesar do tratamento com outros antiepilépticos, mantinham as suas crises. Doentes e métodos. Estudo prospectivo aberto, efectuado em 50 doentes com diagnóstico de crises epilépticas parciais e parciais secundariamente generalizadas. O tratamento foi administrado aos doentes na primeira consulta e controlado periodicamente durante dois anos. A administração do tratamento realizou-se de forma progressiva até uma dose de manutenção de 1.200 mg/dia, com ajustamento individualizado posterior.
Resultados Nos 50 doentes estudados, 78% continuam em tratamento com gabapentina. 10% suspenderam o tratamento por não ser eficaz. Todos os doentes que continuaram com a gabapentina têm uma redução das crises superior a 50%. Esta redução é estatisticamente significativa (p< 0,05) para os doentes com crises parciais e para os doentes com crises parciais secundariamente generalizadas. 12% dos doentes suspenderam o tratamento devido aos efeitos adversos. Conclusões. Ao avaliar os resultados obtidos no nosso estudo e ao compará-los com os achados publicados na literatura, podemos concluir que a gabapentina é um fármaco eficaz, seguro e com uma tolerância excelente para a terapêutica em monoterapia, em doentes com crises parciais.
Palabras claveCrises parciaisEnsaios clínicosCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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