Introdução. Definir o programa de reabilitação integral de que cada doente necessita após uma lesão cerebral supõe hoje em dia um repto clínico que contudo requer numerosas investigações. Os múltiplos progressos em todos os campos das neurociências supõem um importante estímulo e uma nova esperança na hora de abordar estes problemas. Para se poder avançar no tratamento de uma forma pragmática, é importante que nós os clínicos façamos um esforço para explicar em que modelos teóricos, baseamos as nossas actuações neste complexo campo do SNC, ou para desenvolver novos programas de tratamento a partir dos referidos modelos. Desenvolvimento. Neste trabalho resumem-se alguns dos modelos actuais dentro da reabilitação de funções psíquicas e neuropsicológicas baseados nos contributos da experiência acumulada na reabilitação de doentes psiquiátricos crónicos, e nos novos contributos da neurofisiologia, neuroimagem, neurofarmacologia, neuropsicologia, etc. Referimos assim sugestões para uma adequada organização das equipas de reabilitação. Os novos modelos que se desenvolvam no futuro devem ser capazes de determinar: o que se deve reabilitar? (funções alteradas), como? (substituição, integração, activação, etc.) e quando? (em que ordem cronológica realizar estas intervenções e em que momento). Conclusão. Trabalhar em modelos teóricos definidos, sobre os quais basear as intervenções diagnósticas e terapêuticas sobre o funcionamento psíquico, tornará mais fácil a comparação dos resultados e permitirá conhecer melhor o funcionamento do cérebro normal.
Palabras claveDano cerebralFunção cerebralReabilitaçãoCategoriasNeuropsicología
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