Entrevista

Entrevista com a Dra. Rosa Peraita Adrados, organizadora da 4ª Jornada Europeia de Narcolepsia 2013


Fecha de publicación de la entrevista 18/03/2013 | Nº de lecturas de la entrevista 43.926
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Dra. Rosa Peraita-Adrados Neurofisiologista clínica e responsável da Unidade de Sono e Epilepsia. Serviço de Neurofisiologia Clínica, Hospital Geral Universitário Gregório Marañón, Madrid. Cofundadora, com o Prof. Antonio Vela-Bueno, da Associação Ibérica de Patologia do Sono Pergunta. Pode explicar-nos o seu interesse no campo da narcolepsia? Resposta. Tive a ocasião de ver os primeiros doentes narcolépticos nos anos 70 quando era research fellow na Sleep Disorders Clinic & Laboratory da Universidade de Stanford com o Prof. Dement, e participei no First International Symposium on Narcolepsy, que se realizou em La Grande Motte (França) em Julho de 1975. A partir de então, o contacto com o Prof. M. Billiard foi decisivo na minha orientação, uma vez que, nos anos 90, este liderou o primeiro grupo europeu para estudar a genética da narcolepsia e convidou-me a participar no referido grupo. A partir de então, criei uma base de dados com doentes narcolépticos de distintas procedências no hospital e iniciei a minha colaboração com José L. Vivario, imunologista, e com M. Tafti, geneticista, da Universidade de Lausana. Em 1998, por motivo do XIV Congresso da ESRS em Madrid, organizei, com Javier Espinar, uma reunião de doentes narcolépticos de toda a Europa e, um ano mais tarde, fundou-se em Madrid a Associação Espanhola de Narcolepsia (AEN). Em 2008 integrei-me na European Narcolepsy Network (EU-NN), presidida pelo Dr. Gert Jan Lammers, e fui eleita pelo conselho para organizar a 4ª Jornada Europeia de Narcolepsia em Madrid nos próximos dias 17-17 de Março. P. Pode resumir os principais objectivos da EU-NN nos últimos cinco anos? R. A network foi decisiva para o conhecimento e o intercâmbio dos especialistas e o desenvolvimento de projectos de trabalho que frutificaram em publicações interessantes neste campo e naquelas em que o nosso hospital participou: Lammers GJ, et al. Sodium oxybate is an effective and safe treatment for narcolepsy. Sleep Med 2010; 11: 105-6; Hor H, et al. Genome-wide association study identifies new HLA class II haplotypes strongly protective against narcolepsy. Nat Genet 2010; 420: 786-9; Maurovich Horvat E, et al. Narcolepsy and pregnancy: a retrospective European evaluation of 249 pregnancies (en prensa, JSR); Luca G, et al. Clinical, Polysomnographic, and Genome-Wide Association Analyses of Narcolepsy with Cataplexy: A European Narcolepsy Network Study (en prensa, JSR), entre outras. P. O que considera que tenha sido o maior contributo da Unidade do Sono de que a Senhora é responsável no estudo da narcolepsia? R. Sem dúvida, o estudo da família madrilena com 12 casos diagnosticados de narcolepsia-cataplexia. Para identificar a mutação na família, realizou-se uma análise de ligação mediante sequenciação do exoma em três membros da família com diagnóstico de narcolepsia e cataplexia. Mapeou-se com êxito o locus do cromossoma candidato na região 6p22.1 (LOD score ¼ 3,85). A sequenciação do exoma identificou uma mutação pontual no segundo exão da MOG dentro da região de ligação. A mutação A c.398C>G estava presente em todos os membros da família afectados e ausente nos membros da família que não sofriam da doença, assim como também não existia em 775 sujeitos de controlo, não relacionados. Quando se introduziu a forma mutada da MOG n os oligodendrócitos de ratos, observou-se que a proteína MOG não se distribuía adequadamente no interior das células, o que sugere que a forma mutada da MOG não deve funcionar adequadamente. Embora seja necessário um maior número de estudos para identificar o nexo entre a mielina, os oligodendrócitos e a narcolepsia, o achado é significativamente relevante, uma vez que, recentemente, relacionou-se a MOG com várias doenças neuropsiquiátricas. Estudos de expressão genética na depressão major, a doença bipolar, a esquizofrenia e a esclerose múltipla indicam que existe uma diminuição da expressão de genes nos oligodendrócitos, o que reforça a hipótese de que alterações nos oligodendrócitos poderiam causar doenças do neurodesenvolvimento. A identificação da mutação na MOG, até agora exclusiva da nossa família, não só contribui com uma maior compreensão da patogénese da narcolepsia, como também evidencia o papel da mielina e dos oligodendrócitos na susceptibilidade de sofrer outras doenças neuropsiquiátricas complexas. (Hor H, Bartesaghi L, Kutalik Z, Vicário JL, de Andrés C, Pfister C, et al. A missense mutation in myelinoligodendrocyte glycoprotein as a cause of familial narcolepsy with cataplexy. AmJ Hum Genet 2011; 89: 474-9.) P. Que temas se irão abordar na 4ª Jornada Europeia de Narcolepsia em Madrid? R. Serão tratados temas de grande actualidade, como a fisiopatologia, a genética e os aspectos metabólicos da doença, muito estudados nos últimos anos; a narcolepsia infantil, na qual se definiram os aspectos semiológicos da cataplexia, o diagnóstico diferencial e as fronteiras com outras hipersónias de origem central, o tratamento farmacológico e não farmacológico, os custos socioeconómicos da doença, etc. Além disso, serão apresentadas as bases de dados, tanto prospectiva como retrospectiva, da EU-NN que, com o esforço de muitos, estão a contribuir a publicações fundamentais como referi anteriormente.
A reunião do Dia do Doente com representantes de associações de muitos países europeus, tem nesta reunião de Madrid um objectivo chave, como a criação de uma Federação Europeia de associações de narcolépticos, com as vantagens que isso pressupõe na hora de implementar uma série de medidas, desde terapêuticas e laborais, focar na aprendizagem da criança narcoléptica na escola e melhorar a sua interacção com o meio social familiar, além da difusão do conhecimento da doença.
P. Quais são os contributos do seu grupo a esta jornada científica? R. Com os meus colegas do Hospital Clínico de São Carlos, Francisco-Javier Martinez-Orozco e Isabel Villalibre, focámo-nos no estudo da associação da narcolepsia-cataplexia com outras doenças auto-imunes tanto do sistema nervoso central como sistémicas e, por dispormos de uma ampla série de doentes, chegámos a conclusões, embora preliminares, interessantes, que queremos propor como projecto de estudo a uma escala europeia. Com Rafael Del Rio do Hospital de La Paz, estudámos os factores stressantes do meio ambiente e as doenças infecciosas, relacionados com o aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Os estudos epidemiológicos escasseiam na narcolepsia e pensamos que alguns dos nossos achados poderiam orientas futuras investigações neste campo. Prof. Juan-Vicente Sanchez-Andrés
Director asociado de Revista de Neurología
Departamento médico, Viguera eds.
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