Introdução. Os hematomas espontâneos do cerebelo (HEC) representam quase 10% das hemorragias intraparenquimatosas intracranianas. Nos últimos anos, foram publicados vários algoritmos para o manejo destes pacientes.
Objetivos Estudar o tipo de tratamento conservador ou cirúrgico e os principais fatores prognósticos. Pacientes e métodos. Apresentamos uma análise retrospectiva de 52 casos de HEC diagnosticados nos últimos 10 anos no Hospital Geral de Galicia. Nós estudamos os fatores clínicos e radiológicos que mais influenciaram o prognóstico e que condicionaram a atitude terapêutica.
Resultados Achamos uma relação homem/mulher de 2/3. 90,3% de nossos pacientes tiveram mais de 60 anos de idade. 55,7% tinham sido diagnosticados previamente de HTA. O quadro clínico foi caracterizado por seu perfil ictal sendo os sintomas de apresentação mais freqüentes a cefaléia (90,3%), vômitos (63,4%) e a diminuição do nível de consciência (50%). Os fatores prognósticos mais importantes foram o nível de consciência e o tamanho do hematoma. Foi de mal prognóstico, a presença de hidrocefalia, a hemorragia intraventricular (HIV) ou a extensão dos hematomas para a linha média. Não tiveram valor prognóstico a idade, o sexo e o diagnóstico prévio de hipertensão arterial (HTA). A mortalidade foi de 25%. Conclusões. Os HEC afetam tipicamente ao paciente maior de 60 anos e começa com cefaléia e vômitos de instauração abrupta. Em nossa série os fatores prognósticos mais importantes foram o tamanho do hematoma e o nível de consciência e em função destes, se estabeleceu o tratamento.
Palabras claveAcidentes vasculares cerebraisHemorragias intracranianasHipertensão arterialTomografia computadorizadaCategoriasPatología vascular
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