Objectivos. É revisto o metabolismo dos antiepilépticos, especialmente a formação de metabolitos e de metabolitos intermédios tóxicos, bem como os factores que os alteram e a possibilidade de interacções dos antiepilépticos entre si e com outros fármacos. Desenvolvimento. A maioria dos antiepilépticos sofrem processos metabólicos complexos no fígado, que determinam a sua semi-vida e portanto, os seus efeitos terapêuticos e tóxicos. Desta forma, os processos pelos quais os fármacos são metabolizados podem ser influenciados por numerosos factores fisiológicos e patológicos, assim como pela presença de outros fármacos que dão lugar a interacções clinicamente relevantes. É analisada a função do fígado no metabolismo dos fármacos, especialmente, a oxidação microssómica mediada pelo citocromo P-450 e a glicoronilização catalisada pelo glicoroniltransferase e os processos de activação e inibição enzimática. A seguir é descrito o metabolismo dos antiepilépticos, as suas principais vias de eliminação, os factores que o condicionam, o papel dos metabolitos activos e intermédios e a implicação da activação e inibição enzimática como base das interacções destes fármacos. Por fim é descrito o metabolismo dos antiepilépticos clássicos e novos, mais importantes, as isoformas do citocromo P-450 implicadas no metabolismo, os factores que o alteram e as interacções mais importantes com outros antiepilépticos e com fármacos de outras classes. Conclusão. O conhecimento das vias de metabolização e mais concretamente, das isoformas do citocromo P-450 implicadas, facilita a compreensão da influência de diversos factores no metabolismo dos antiepilépticos, assim como as suas complexas interacções.
CategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTrastornos metabólicos y tóxicos
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