Introdução. Os défices mnésicos são frequentes em indivíduos que tenham sofrido um traumatismo crâneo-encefálico (TCE) e podem mesmo persistir durante anos. Objectivo. Analisaremos as características da amnésia pós-traumática (APT), assim como os défices de aprendizagem e memória que habitualmente se observam uma vez terminada a fase de APT. Desenvolvimento. A APT define-se como o período que segue a lesão cerebral e durante o qual a pessoa afectada é incapaz de recordar de maneira coerente, pelo menos as 24 horas anteriores; ou seja: é o período após o TCE em que é impossível a incorporação de nova informação na memória a longo prazo. O estudo da APT centrou-se fundamentalmente na análise das alterações de orientação espaço-temporais e défices mnésicos. Existem, no entanto, outras alterações cognitivas e de conduta (linguísticas, atencionais, de juízo crítico, processamento da informação, percepção, etc.) relacionadas com a perturbação da memória, que analisaremos dada a sua influência sobre o mesmo. Abordaremos as diferentes teorias propostas para explicar os défices mnésicos que ocorrem durante a fase de APT: defeito na consolidação de nova informação dentro da memória a longo prazo; défice de evocação, como resultado da codificação ineficaz da informação; defeitos dos mecanismos que levam ao processo de consolidação/evocação e a fraca organização na codificação de nova matéria. Exporemos uma guia de avaliação neuropsicológica da memória, baseada no estudo analítico e concreto de cada componente cognitivo mnésico e sustentada, geralmente, por sistemas funcionais neurofisiológicos específicos que permitem estabelecer um diagnóstico, um prognóstico e uma abordagem terapêutica adequada a cada caso concreto.
Palabras claveAmnésia pós-traumáticaGravidade do traumatismoMemória anterógradaMemória retrógradaNeuropsicologiaTraumatismo crâneo-encefálicoCategoriasDemenciaNeurodegeneraciónNeurología del Lenguaje y la ComunicaciónNeuropediatríaNeuropsicologíaNeuropsiquiatríaTraumatismos
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