Introdução. A administração crônica de fluoxetina em ratas origina um incremento no número de células nervosas que expressam o receptor opióide mu em diversas regiões prosencefálicas, seguindo um padrão muito parecido ao desencadeado pela administração de imipramina. Objectivo. Este trabalho pretende descrever os efeitos da administração crônica de sertralina sobre o imunomarcagem de receptores opióides mu em diversas regiões prosencefálicas da rata e comparar sua ação com a exercida pela fluoxetina. Material e métodos. Foram usadas ratas tratadas por via intraperitoneal com o fármaco, sendo mais tarde usado um método imunocitoquímico e um equipamento de análise de imagem, para determinar o número de células nervosas por unidade de superfície que expressaram o receptor opioide mu nas regiões prosencefálicas estudadas.
Resultados Embora a administração crônica de sertralina em ratas gere um incremento estatísticamente significativo, no número de células nervosas que expressam o receptor opioide mu no caudado putamen, no giro dentado, no septo lateral e nos córtex frontal, parietal e piriforme, existem algumas leves diferenças regionais em sua ação com respeito ao descrito previamente para o caso da fluoxetina, como um maior efeito da sertralina no córtex parietal e o septo e um ação menos intensa no córtex frontal. Conclusões. As diferenças regionais observadas na ação da sertralina (com respeito a fluoxetina) na expressão do receptor opioide mu no prosencéfalo da rata poderiam estar relacionadas com uma incidência menor de efeitos adversos de tipo de psicomotor.
Palabras claveAntidepressivosCérebro de rataImunomarcagemInibidores específicos da recaptação de serotonina
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