Introdução. A reactividade vascular cerebral (RVC) é a capacidade da microcirculação cerebral aumentar o fluxo sanguíneo cerebral perante estímulos vasodilatadores. Encontra-se diminuída em doentes com oclusão carotídea. As alterações da pressão arterial produzidos durante a realização dos vários testes de avaliação da RVC poderiam influir sobre a quantificação da mesma por Doppler transcraniano (DTC). Objectivos. Avaliar a concordância entre os métodos de avaliação da RVC por DTC em doentes com oclusões carotídeas, bem como a importância da monitorização da pressão arterial durante os testes de RVC. Doentes e métodos. Foram avaliados 17 doentes com oclusão da artéria carótida interna confirmada por arteriografia. Determinou-se a RVC mediante três métodos distintos: teste de apneia, Breath-Holding Index (BHI) e teste de acetazolamida endovenosa. Durante os testes de RVC monitorizou-se a pressão arterial.
Resultados Observou-se uma redução da velocidade basal média de fluxo e do índice de pulsatilidade no lado da oclusão, com uma associação estatisticamente significativa, em relação ao lado contralateral (p<0,001). Existe uma boa concordância entre os vários testes de RVC, observando-se uma diminuição da RVC no lado da oclusão, comparativamente com o contralateral (p<0,001) para os vários testes; contudo, esta correlação não existe nas estenoses <70%. Durante o teste de apneia surgiram alterações da pressão arterial, com tendência para aumentar a PA sistólica; pelo contrário, durante o teste de acetazolamida não houve alterações significativas da pressão arterial. Conclusões. Existe uma boa concordância entre o teste de apneia, BHI e acetazolamida na RVC nas oclusões carotídeas. Verificaram-se alterações da pressão arterial durante os testes de apneia e BHI; contudo, o teste de acetazolamida não modifica os valores da pressão arterial.
Palabras claveDoppler transcranianoMonitorização da pressão arterialOclusão carotídeaReactividade vascular cerebralTeste de apneiaCategoriasPatología vascular
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