Introdução. O modelo utilizando os gerbos para o estudo da isquemia cerebral por oclusão bilateral e unilateral da artéria carótida primitiva utilizou-se, a partir de 1966, quando Levine e Payan o descreveram como susceptível de desenvolver enfarte cerebral e sinais de lesão neurológica por variantes da circulação cerebral anastomótica. Objectivo. Demonstrar a presença de comunicações arteriais entre a circulação cerebral anterior e posterior. Material e métodos. Anesteriam-se 26 gerbos de forma a expor e ocluir as artérias carótidas primitivas: grupo I: bilateral (n=10); grupo II, carótida esquerda (n=5); grupo III, carótida direita (n=5); grupo IV, sem oclusão (n=6). Posteriormente foram sacrificados para perfusão intra-aórtica, inicialmente com solução salina (0,9%) e paraformaldeído (4%), e finalmente com corantes para corar as artérias. Os cérebros foram extraídos após 24 horas e fixados durante mais uma semana, para estudar a circulação arterial cerebral, a sua distribuição e medir o diâmetros dos vasos principais e secundários, principalmente dos vasos terminais do tronco vertebrobasilar e da artéria cerebral posterior.
Resultados Em 30% dos animais com oclusão bilateral, foram encontrados pequenos vasos comunicantes posteriores de diâmetro variável, entre 8,95 e 11,35 µm. Nos restantes animais examinados não se encontraram comunicações entre o sistema vertebrobasilar e o sistema carotídeo. Conclusão. A comunicação carotídeo-basilar num pequeno número de casos e com anastomoses de pequeno diâmetro proporcionam ao gerbo uma vantagem sobre outras espécies como modelo de isquemia regional.
Palabras claveAnastomoses intra-cerebraisArtéria comunicante posterior
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