Introdução. O tratamento da esclerose lateral amiotrófica (ELA) continua a ser um grande desafio. O tratamento de reabilitação é apenas abordado e a sua utilidade nestes doentes continua a ser um tema controverso. Doentes e métodos. Uma equipa multidisciplinar constituída por neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas da fala, defectólogos, psicólogos e médicos internistas submeteu seis doentes com ELA a um programa intensivo de reabilitação de 41 horas semanais, durante 4 semanas. Seguimos alguns princípios básicos na reabilitação, como: 1. Tratamento por uma equipa multidisciplinar; 2. Tratamento individualizado; 3. Evitar a fadiga muscular e exercícios vigorosos, e 4. Tratamento intensivo, dividindo cuidadosamente as diferentes actividades (logofoniatria, terapia ocupacional, psicologia, terapia física, etc.) para evitar a fadiga. Os doentes cumpriram os critérios do Escorial para o diagnóstico de ELA definida e deram o seu consentimento informado para se submeterem ao tratamento. Todos foram submetidos ao exame de capacidade respiratória (FVC) e à ALS Functional Rating Scale (ALSFRS) no início do tratamento e após terminarem o mesmo. Efectuou-se o teste de Wilcoxon para séries pares, comparando a pontuação no início e no final de cada caso.
Resultados Todos os doentes melhoraram a FVC e a ALSFRS ao concluirem o tratamento. As diferenças foram estatisticamente significativas (Z: 2,2013; p= 0,027) no teste de Wilcoxon para séries pares e não surgiram complicações. Conclusões. O tratamento de reabilitação multi-factorial e intensivo de quatro semanas de duração melhorou a FVC e a ALSFRS em todos os doentes com ELA e não surgiram complicações. Até que se consiga o tratamento curativo da ELA, a reabilitação multi-factorial permanece com a maior esperança para estes doentes.
Palabras claveEsclerose lateral amiotróficaExame de capacidade respiratóriaReabilitaçãoCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculoNeurodegeneración
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