Original

Análise descritiva dos doentes que deram entrada por acidente vascular cerebral agudo

F. Barrero, M.J. Gómez, J. Gutiérrez, M.I. López, A. Casado-Torres [REV NEUROL 2001;32:511-519] PMID: 11353987 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3206.2000551 OPEN ACCESS
Volumen 32 | Número 06 | Nº de lecturas del artículo 5.121 | Nº de descargas del PDF 478 | Fecha de publicación del artículo 01/04/2001
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. Presume-se que o acidente vascular cerebral agudo (AVCA) represente uma elevada percentagem das entradas neurológicas de um hospital, cujo número desconhecemos no nosso meio. Consideramos que a utilização dos recursos de saúde destinados a apoiar estes doentes, seja avaliado e conhecida pelos mesmos neurologistas que o dirigem. Objectivo. Analisar uma série de variáveis predeterminadas para nos aproximarmos da realidade do AVC no nosso meio. Doentes e métodos. Realizou-se uma análise descritiva através de um formulário, foram recolhidas algumas variáveis das entradas, em neurologia, de doentes com presumido AVCA num período de 100 dias, e a sua avaliação 6 meses depois.

Resultados Registaram-se 107 casos, confirmando-se AVCA em 104 dos 107 doentes, com idade média de 70,54 anos, sendo a média de internamento 13,53 dias e a mortalidade intra-hospitalar 5,8%. A semiologia neurológica mais frequente no início foi a paresia e a perturbação da fala. A proporção de ictus isquémico versus hemorrágico foi de 87,5%/12,5%. A prevalência de factores de risco, HTA, diabetes e cardiopatia, foi habitual. A percentagem de doentes com tratamento de reabilitação à entrada foi de 41,34%. 37,2% dos doentes foram transferido para o Hospital de San Rafael para a convalescença e o tratamento. O tempo médio de espera até serem avaliados pela neurologia foi de 30,23 horas. Onze de 86 doentes que responderam ao inquérito semestral faleceram (12,8%) e 54/86 não efectuavam reabilitação semestral (62,8%). Conclusões. Não se observaram diferenças quanto a aspectos epidemiológicos em comparação com outros estudos. Destaca-se a excessiva latência no intervalo de espera nas urgência, o atraso em receber assistência neurológica devido há ausência de neurologia nos bancos e a diminuição de acidentes hemorrágicos ao não existir neurocirurgia. Os salicilatos, como antiagregante plaquetário, foram pouco utilizados como terapêutica após a alta. Verificou-se que o tratamento de reabilitação aos 6 meses foi escasso, e a mortalidade duplicou em comparação com à entrada. Consideramos plenamente justificada a realização de uma análise mais extensa e detalhada, no nosso meio, com participação de maior número de pessoas interessadas no tratamento precoce e tardio dos AVCA, e o seguimento prolongado destes doentes.
Palabras claveAcidente vascular cerebral agudoFactores de riscoHospitalizaçãoMortalidadePeríodo de latênciaReabilitação CategoriasPatología vascular
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