Introdução e objectivos. Na deterioração cognitiva é descrito um prolongamento da latência da onda P3 do potencial P300 e, em menos oportunidades do que a onda N2. Não há informações sobre modificações das ondas N1 e P2. Este estudo tem por objectivo determinar o momento inicial do referido prolongamento e o nível em que o mesmo é mais significativo. Doentes e métodos. Do total dos estudos efectuados nos últimos quatro anos, foram seleccionados 45 doentes com deterioração cognitiva, com potencial P300 patológico, e 45 voluntários sãos, emparelhados por sexo, idade e nível de instrução. Os potenciais foram obtidos por um paradigma odd ball, tonal (1.000-2.000 Hz, proporção 5:1), na derivação Cz-M1.
Resultados Não se observam diferenças na latência da onda N1. Verifica-se um prolongamento de P2 (p=0,007025), mais marcado em N2 (p=4,078E-10) e em P3 (p=2,022E-12). Nos tempos inter-pico, a maior diferença está em P2-N2 (p=4,467E-8), que representa um prolongamento de 80% do valor de controlo. É menor para N2-P3 (p=3,604E-6) e N1-P2 (p=0,0113). Conclusão. A alteração começa entre N1 e P2, e o seu maior efeito se produz entre P2 e N2. Como consequência, uma parte importante do prolongamento da latência de P3 é gerada em etapas mais precoces da génese deste potencial.
Palabras claveDeterioração cognitivaPotenciais evocados cognitivosPotenciais relacionados com eventosCategoriasNeuropsicologíaTécnicas exploratorias
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