Introdução. Os hematomas espinais subaracnoideus são muito pouco frequentes em comparação com os hematomas dos compartimentos epidural e subdural. A hemorragia habitualmente dilui-se, já que a composição do líquido cefalorraquidiano e a sua pulsatilidade dificultam que se forme o coágulo. Contudo, é menos comum que a hemorragia seja espontânea, sem que se demonstre analiticamente, nem por técnicas de neuroimagem uma causa que o justifique. Na maioria das ocasiões, a ocupação do canal pelo hematoma necessita de descompressão cirúrgica para libertar a medula ou o cone medular. A ressonância magnética é a técnica de eleição para o estudo de patologia raquimedular e das partes moles pela sua grande resolução de contraste.
Caso clínico Apresentamos o caso de uma mulher de 70 anos de idade com um quadro de dor lombar aguda seguida de défice motor de ambas as pernas. A ressonância magnética demonstrou uma colecção hemática espinal subaracnoideia ventral ao cone medular. Os estudos analíticos e de imagem não revelaram qualquer anomalia que justificasse a hemorragia. Os hematomas ventrais à medula podem ser tratados medicamente, já que nesta localização existe menor risco de compressão medular ao ser maior o espaço subaracnoideu. A doente foi tratada de forma conservadora com uma boa evolução clínica. Conclusão. A ressonância magnética de controlo demonstrou a resolução do hematoma subaracnoideu.
Palabras claveHematoma espontâneoHematoma medular subaracnoideuRessonância magnética medular
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