Objectivo. Oferecer uma cartografia cerebral do pensamento matemático elementar, e integrar os resultados mais relevantes procedentes no âmbito da neuropsicologia com os das técnicas de imagem cerebral, e com os obtidos a partir de experiências cognitivo-condutuais. Desenvolvimento. Em primeiro lugar, são apresentadas as investigações sobre a origem do nosso sentido numérico e sobre a forma como a informação numérica se representa no nosso cérebro. De seguida, através de uma abordagem multidisciplinar, são apresentados os resultados de estudos distintos sobre a síndroma de Gerstmann, sobre a relação entre a capacidade numérica e outras capacidades cognitivas; a diferente participação dos hemisférios cerebrais e a especial implicação do lobo parietal nas tarefas matemáticas. Conclusão. Ao realizar qualquer tarefa aritmética mental, por muito elementar que seja, intervêm distintas regiões cerebrais, facto que nos faz pensar mais em termos de circuitos cerebrais do que numa ideia frenológica que atribua a uma determinada região a responsabilidade do cálculo aritmético. A convergência entre os resultados analisados permite-nos afirmar que uma região em particular evidencia-se pela sua implicação na compreensão do sentido numérico: a parte inferior do lobo parietal. Dependendo do tipo de tarefa, do input e do output, utilizam-se distintos circuitos neuronais. Por fim, são expostos os modelos de processamento numérico mais relevantes, gerados a partir de toda a investigação.
Palabras claveLobo parietalPensamento matemáticoProcessamento numéricoSíndroma de Gerstmann
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