Introdução. A literatura descreve apenas a publicação de sete casos de placa móvel carotídea, cuja descrição imprecisa dificulta que se diferencie das lesões móveis do tipo trombo. Por outro lado, a história natural deste tipo de lesões é desconhecida e o seu tratamento é controverso, por enquanto há a tendência de eleger o tipo de tratamento de acordo com o “potencial embolígeno” da afecção.
Casos clínicos Descrevem?se dois casos de placa móvel carotídea. O diagnóstico foi feito em ambos os casos por eco-doppler. O primeiro caso é um doente neurologicamente sintomático, cuja placa móvel está associada a uma estenose superior a 70%. Tem indicação para tratamento cirúrgico. O segundo caso é neurologicamente assintomático. No estudo eco-doppler observa-se o fragmento de placa móvel na carótida principal, na zona do seio carotídeo, com uma estenose de 30?50%. Na zona distal da mesma, no bulbo da carótida interna, encontra-se uma estenose >70%. Neste caso há indicação para tratamento médico, devido ao estado geral deteriorado do doente. Ambos os doentes evoluíram favoravelmente. Conclusão. Ao segundo caso, aqui descrito, somam-se três doentes com placa carotídea móvel (neurologicamente assintomáticos) que evoluíram favoravelmente com tratamento médico. Enquanto não se dispõe de mais dados acerca da história natural destas lesões, não devem ser consideradas, por si só, motivo suficiente para a endarterectomia carotídea. A possível indicação para o tratamento cirúrgico será em função do grau de estenose carotídea.
Palabras claveArtéria carótida internaMorfologia da placaPlaca flutuantePlaca móvel carotídeaTrombo flutuanteUltrasonografiaCategoriasTécnicas exploratorias
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